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Wave Festival

Objetivos claramente definidos é a chave para uma boa estratégia

Camila Rezende
11 de abril de 2017 - 11h12

Francisco Celedón, presidente executivo da ICC CRISIS – Chile e presidente da categoria PR no Wave Festival, fala sobre os planos estratégicos de agências em ações de PR

Celedón falou sobre como transformar uma ideia em um assunto PR-able, sobre a contratação de influenciadores em projetos de agências para seus clientes e sobre os 10 anos do Wave Festival, dentre outros assuntos relacionados a PR. Veja na entrevista abaixo.
1) Como transformar uma ideia em um assunto PR-able?
As boas ideias são aquelas que se vinculam ao cumprimento de um objetivo e que são executáveis. Ter os objetivos claramente definidos é a chave para ter uma boa estratégia, e esse deve ser o cenário onde se geram as ideias. Como deve acontecer em muitas agências e organizações, permanentemente surgem ideias atrativas, mas para serem boas ideias precisam passar pelo filtro estratégico. A melhor ideia é a que gera maior efeito, a que tem maior força no resultado do jogo.

2) Até as agências de comunicação têm sugerido em seus planos estratégicos a contratação de influenciadores nos projetos de seus clientes. Você acredita que isso gere aumento nas vendas para as marcas de consumo ou só amplifica a reputação de determinado produto?
Depende. É impossível dar uma resposta geral sobre um tema que é particular por natureza. Se o objetivo de uma estratégia de PR é gerar vendas, temos que medir nossas ações por esse resultado, na medida em que tenhamos influência em todo processo que conduz até a venda. A reputação tende a gerar maiores possibilidades de vendas, mas é um processo que pode tomar mais tempo do que exige o plano comercial. Se queremos vendas, o influenciador tem que ser um estímulo para conseguir esse objetivo. E efetivamente, quando são eleitos como um critério estratégico, podem ser um estímulo potente para vender. Na construção da reputação, vejo os influenciadores como um input mais tático que estratégico.

3) O que falta para mais agências de comunicação e RP terem mais inscrições nessa categoria e equilibrar com as inscrições via agências de publicidade?
A iniciativa do Wave Festival de reconhecer os ganhos relevantes no âmbito de PR é notável. As campanhas publicitarias são muito mais avaliáveis, mais mensuráveis, mais tangíveis. Por trás de uma campanha de PR há horas de gestão, telefonemas, coordenações, whatsapp, e-mails, etc. Isso ninguém vê, mas ai está boa parte do trabalho. Por isso destaco o que faz o Wave Festival e me entusiasma participar como jurado, por que estão ajudando a tangibilizar e reconhecer os resultados em PR. A publicidade é algo que conheço bem porque está vinculado ao começo da minha vida profissional, e sei que existe uma grande cultura em torno do reconhecimento das melhores campanhas. Em PR isso é mais recente, requer tempo e mais iniciativas como esta.

4) O Wave Festival completa 10 anos em 2017. Qual sua avaliação a respeito do amadurecimento do evento ao longo de suas edições?
Dez anos é um número importante, significativo. Conseguiram transcender e se posicionar como um local de encontro do mais alto nível do mundo da comunicação em seu sentido mais amplo. Fizeram muito nesses dez anos, mas o mais interessante é que há tanto por fazer. Particularmente, a indústria de PR tem que amadurecer muito, a tecnologia abriu espaços e possibilidades fascinantes, mas o mais importante segue sendo os fundamentos: a capacidade estratégica, entender a sociedade e os consumidores, e canalizar isso em ações que geram impacto. O Wave Festival não só amadureceu muito, mas também contribuiu com o amadurecimento da indústria.

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