Ilha: “a mídia é como a alta gastronomia”
Conversamos com Paulo Ilha, head of Media da DPZ&T, presidente do júri de Media no Wave Festival 2018 sobre a estreia da categoria no evento deste ano
Meio & Mensagem
3 de maio de 2018 - 12h43
Conversamos com Paulo Ilha, head of Media da DPZ&T, presidente do júri de Media no Wave Festival 2018 sobre a estreia da categoria no evento deste ano. Confira!
É a primeira edição da categoria de Media no Wave Festival. Com todas as mudanças recentes na disciplina, o que podemos ver de novo este ano nos cases do festival?
As agências, hoje, vivem uma transformação que pode ser liderada pela área de mídia. Aqui na DPZ&T acreditamos em três pilares: o poder do craft; business transformation e data como inspiração. A mídia, assim, pode ter esse papel de transformação cultural dentro das agências. Um olhar tecnológico, de criatividade, com viés estratégico. O papel do profissional de mídia deve ser mais amplo dentro das agências. É um grande movimento ter a categoria de Media dentro do Wave Festival, com mais parceiros para medir os resultados. E não estamos falando apenas de criatividade: a efetividade também vale muito para quem quer ganhar os troféus em Media. Não será um diferencial: será o primordial.
Temos uma grande diferença entre os departamentos de mídia latinos – os brasileiros para os outros latino americanos, e os latinos para os das agências norte-americanas. Como julgar tudo isso dentro de uma categoria só?
Podem ser diferentes, mas se adequam aos resultados. O impacto também conta com com o DNA com o poder criativo do case. A efetividade não está só sobre a escala. A correlação de investimento tem que ser sempre medida. A mídia é como a alta gastronomia. A mistura dos ingredientes é mais importante do que o tamanho do prato.
O Wave Festival deste ano será diferente: haverá muito mais tempo para networking entre os júris, ao contrário de outros anos. O que você acha que pode aprender – e o que pode levar de bom para sua agência?
Hoje, trabalhamos num formato colaborativo, com visões e contribuições diferentes. Todo nosso mercado é assim. Quando o Wave faz um movimento desse, para aproximar ainda mais os jurados de diferentes áreas dentro de um evento, ele traz a realidade do que acontece nas agências para dentro do evento. A área de mídia no Brasil é extremamente peculiar. Essa troca entre países e áreas vai transformar o Wave em um festival ainda mais rico.
Renato Pezzotti
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