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Wave Festival

Ferioli: “se não houver uma boa ideia, não há nada”

Para Ignacio Ferioli, VP de criação da David Buenos Aires e presidente do júri de Film no Wave Festival 2018, os argentinos são valorizados na categoria porque “são exagerados”

Meio & Mensagem
15 de maio de 2018 - 16h37

Conversamos com Ignacio Ferioli, VP de criação da David Buenos Aires e presidente do júri de Film no Wave Festival 2018. Aqui, ele explica um pouco sobre o porquê dos argentinos serem valorizados na categoria. Confira!

O Wave Festival in Rio deste ano será diferente: haverá mais tempo para network entre os júris, ao contrário de outros anos. O que você acha que pode levar de lição para sua agência?
Todos nós que trabalhamos nessa indústria adoramos este tipo de tempo livre. Sem elas, também, seria impossível resistir. Então passar alguns dias com profissionais de toda a região é, além de um bom tempo, uma ótimo oportunidade de compartilhar e aprender com todos que estarão lá. Mas acima de tudo, para receber e dar feedback do trabalho de cada um. Isso, afinal, é o que mais nos interessa.

A categoria Film mudou muito nos últimos anos. Já não é apenas uma peça de publicidade televisiva como antes, chegou a muitos outros meios de comunicação. Como julgar peças que podem ser tão diferentes?
É verdade que a categoria evoluiu, e não pertence mais apenas a um meio. Mas não podemos esquecer: se não houver uma boa ideia, não há nada. Claro que vamos avaliar as criações dependendo do meio em que ela está – mas não vamos pedir o mesmo para um pre-roll digital do que para um comercial de TV de um minuto. O craft, por exemplo, é importante. É uma coisa que você pode fazer um filme melhor, mas nunca o transformá-lo numa boa ideia.

Como entender as pequenas diferenças nos costumes (humor, principalmente) para julgar os filmes? E por que os argentinos são os melhores nesta categoria?
É verdade que cada região tem sua idiossincrasia, seus costumes e seu modo de entender o humor, mas, por enquanto, todos vivemos no mesmo planeta. Então, quando uma idéia é boa, não há limites de pensamento que não possam ser ultrapassados. Por que os argentinos são bons na categoria? Ainda somos? Que bom…mas acho que é cultural. Alguém que é bom em contar anedotas é aquela pessoa que você quer perto no dia que você faz um churrasco, por exemplo. Nós gostamos da história, nós a celebramos Então, de certa forma, é uma qualidade que todos os argentinos têm: contar boa histórias. E como nós somos exagerados, isso também ajuda a contar qualquer história.

Renato Pezzotti

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